8M Feira de Santana 2017



Ato realizado em 2017 junto com Coletivos da Cidade Contra a Reforma da Previdência proposta no inicio do ano passado e ainda em andamento neste ano.


NESTE 08 DE MARÇO SEGUIREMOS EM LUTA: CONTRA OS ATAQUES DO ESTADO E A VIOLÊNCIA SOBRE NOSSAS VIDAS
No 08 de março celebramos o Dia Internacional da Mulher, fruto das lutas do movimento de mulheres em todo o mundo, por melhores condições de vida e trabalho. Nesta data, a força e união das mulheres são ainda mais necessárias para continuarmos resistindo às agressões que sofremos todos os dias, e que recentemente têm se tornado cada vez mais graves.
Vários dos nossos direitos estão ameaçados. A Reforma da Previdência Social, por exemplo, pretende igualar o tempo de aposentadoria para homens e mulheres, além de aumentar o tempo de contribuição das trabalhadoras e trabalhadores; desconsiderando as diversas jornadas de trabalho das mulheres ao igualar o tempo de serviço e a idade da aposentadoria de homens e mulheres. Com essa reforma teremos que trabalhar até os 65 anos e ter no mínimo 25 anos de contribuição. Essa reforma desconsidera o trabalho doméstico não pago e que as trabalhadoras domésticas remuneradas só tiveram carteira assinada há 02 anos. Além do fim da pensão integral por morte, com redução de 50% no valor da pensão. Muitas mulheres conseguem sustentar suas famílias com essa pensão e serão as mais atingidas com a medida.
Outra medida proposta pelo governo Temer é Reforma Trabalhista, que pretende aumentar as jornadas de trabalho semanais e estimular a contratação temporária no lugar da carteira assinada. Essas reformas, propostas pelo governo federal, retiram direitos conquistados pelas mulheres trabalhadoras ao longo da história, e ignoram as duplas, triplas e até quádruplas jornadas de trabalho que nós mulheres temos que realizar, cuidando também da casa e da família além de trabalhar fora.
Além disso, a cada sete minutos uma mulher é vitima de violência no Brasil. Essas agressões cresceram cerca de 44,6% nos últimos dois anos, sendo que número de agressões seguidas de morte (feminicídio) contra mulheres negras subiu 54%, aumentando as taxas de extermínio da população negra no país. Mesmo em grandes que contam com Delegacias de Atendimento a Mulher (DEAM), os casos de violência continuam aumentando, principalmente quando se trata de mulheres pobres, negras e transexuais, geralmente sobrecarregadas de trabalho e ganhando menos que os homens, ou em sub-empregos.
Em Feira de Santana, contamos com os serviços de atendimento as mulheres em situação de violência e de enfrentamento a violência contra as mulheres, contando com DEAM, centro de referência, casa abrigo, defensoria pública especializada e setores na promotoria que nos atendam. Ainda assim, vemos o crescimento nos casos de violência e feminicídio ocorrendo em nossa cidade. A Bahia representa o 2º estado em número de queixas de violência contra a mulher, somente Feira de Santana houve um aumento de 80% nos registros nos últimos três anos.
É preciso entender que a perda de direitos aumenta esta violência, já que a vida e a dignidade das mulheres estarão menos protegidas. Só a nossa organização e luta poderá barrar essas agressões, por isso seguimos em frente, na luta contra essas reformas e a violência contra os nossos corpos!!

Mais informações, na página do Facebook https://www.facebook.com/8-de-Março-Feira-de-Santana-414340078958347/

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