V SEMINÁRIO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Tema: Violência contra as mulheres na perspectiva dos movimentos sociais e da academia.

Organização:

Coletivo de Mulheres, Mulieribus e ADUFS

Apoio:

Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS
Pró-reitoria de Extensão - PROEX
Departamento de Ciências Humanas e Filosofia - DCHF


APRESENTAÇÃO
O Brasil apresenta elevado índice de criminalidade sendo o estado da Bahia o terceiro mais violento do ranking nacional o segundo em violência doméstica. Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, pertencente ao grupo das mais perigosas com aumento crescente da violência doméstica, necessita de intervenções na comunidade, família e escola, instâncias indissociáveis quando se busca compreender e modificar um determinado Habitus. A situação de violência pode estar associada com a exclusão social e relações de gênero que interferem direta ou indiretamente na vida das mulheres.
Apesar da lei Maria da Penha, participação da sociedade civil e demais ferramentas, inclusive ser um crime e grave violação de direitos humanos, a violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras reiteradamente: 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal. Esses dados foram revelados no Balanço dos atendimentos realizados em 2014 pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
Em relação ao momento em que a violência começou dentro do relacionamento, os atendimentos de 2014 revelaram que os episódios de violência acontecem desde o início da relação (23,51%) ou de um até cinco anos (23,28%).
Em 2014, do total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%).Dos atendimentos registrados em 2014, 80% das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35% presenciavam a violência e 18,74% eram vítimas diretas juntamente com as mães.
Por esse motivo e outros, os movimentos sociais que lutam pelos direitos das mulheres, buscam romper com todas as formas de exploração, opressão e discriminação. E isso se reflete na pluralidade de temas que os diversos movimentos de mulheres se engajam, seja por justiça, liberdade, solidariedade, igualdade e paz.
Neste contexto, do ponto de vista organizativo, esses movimentos sociais exercem um papel fundamental para o desmonte das desigualdades sociais de gênero, raciais, étnicas, geracionais e de orientação sexual e contribui para propor e reivindicar novas políticas públicas para romper o ciclo de violências que as mulheres estão inseridas.

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